À semelhança do que acontece com muitos dos grandes compositores, pode ser difícil saber por onde começar quando temos um repertório tão extenso e respeitado como o de Frédéric Chopin. O compositor polaco, que faleceu em 1849 com 39 anos, compôs mais de 200 peças para piano na sua efémera vida, muitas das quais consideradas a melhor música de todos os tempos.

Apesar de Chopin ter criado uma enorme variedade de sonoridades, a sua obra é visivelmente marcada por uma inconfundível elegância e intimidade. As suas melhores composições, 10 das quais incluídas nesta lista, demonstram grande reflexão. Todas elas podem ser aprendidas no flowkey, normalmente em vários níveis de dificuldade. Por isso, quer tenha acabado de conhecer este compositor ou seja um grande fã de Chopin, não há melhor altura do que a presente para começar a tocar.

1. Nocturne N.º 2 em Mi♭, Op. 9

Serena e romântica

Chopin compôs este clássico com apenas 20 anos de idade e o mesmo é ainda hoje uma das suas melhores nocturnes — ou peças curtas e românticas compostas para piano. A melodia desenrola-se de forma encantadora e muda de ritmo subtilmente, dando-lhe desenvolvimento. Apesar de a Nocturne N.º 2 em Mi♭, Op. 9 ser considerada uma das peças mais emotivas de Chopin, a mesma é também extraordinariamente subtil — algo que em que irá reparar assim que começar a praticá-la.

flowkey oferece esta peça em dois níveis. Apenas os pianistas mais experientes devem começar com a peça completa e original, todos os outros devem começar com o nível intermédio.

2. Prelúdio n.º 4 em Mi Menor, Op. 28

Melancolia inquietante

Esta peça revela o lado melancólico de Chopin —  e não só na sua sonoridade. Segundo reza a história, o compositor pediu que a mesma fosse tocada no seu próprio funeral (junto com o Requiem de Mozart), o que nos revela muito sobre as emoções que ela desperta. A indústria cinematográfica lucrou também com a sua intensidade: A peça pode ser ouvida nas trilhas sonoras de grandes filmes como O Diário da Nossa Paixão, O Pianista e, mais recentemente, Anatomia de uma queda.

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Apesar das suas sonoridades intensas, as repetições e o ritmo ligeiro deste prelúdio tornam-no perfeito para pianistas de vários níveis.   Os pianistas iniciantes devem começar com a versão intermédia do flowkey, cujo arranjo mais simples retém a grande mágoa do original, mas simplifica a aprendizagem.

3. Valsa n.º 2 em Dó Sustenido Menor, Op. 64

Charme espirituoso

Com o seu ritmo infeccioso, esta valsa demonstra bem a queda que Chopin tinha para o ritmo tradicional da valsa 3/4. Mas em vez de serem para os salões de dança, como era comum na altura, as valsas de Chopin eram compostas com concertos em mente.

A sua longa duração e frenética melodia fazem da "N.º 2" uma das composições de Chopin mais difíceis de aprender no flowkey. Ainda assim, todos os pianistas devem passar algum tempo com esta peça:   a mera experiência de a escutar é suficiente para colocar qualquer um num transe.

4. Grande valse brillante em Mi♭, Op. 18

Pura alegria

Não podíamos fazer uma lista de Chopin com apenas uma valsa. Assim que apertar o Play para ouvir a peça, entenderá porquê. Logo a partir dos primeiros segundos de abertura, alegria é o que nos vem à mente.  O ritmo da "Grande valse brillante" é rápido, mas as melodias são infecciosas, e é por isso que a peça é uma das composições mais populares de Chopin.

Dito isso, é uma das opções mais difíceis desta lista, não só por causa das notas rápidas e repetitivas. Todos os aspetos da peça requerem precisão técnica, por isso, ela deve ser abordada como qualquer outra: com paciência, uma secção de cada vez.

5. Marcha Funerária – Sonata N.º 2 em Si♭m, Op. 35

Uma peça profunda e bem conhecida

A solene “Marcha funerária” é uma peça profunda que provavelmente reconhecerá devido ao seu extenso uso. Ao longo do tempo, foi tocada em alguns dos funerais mais mediáticos do mundo, incluindo no de John F. Kennedy, Margaret Thatcher e, mais recentemente, no da Rainha Isabel II.

Independentemente da versão que escolher para começar (o flowkey tem quatro níveis disponíveis), para captar o impacto da peça será necessário encontrar o equilíbrio entre a força e a moderação. São peças como esta que dão a Chopin a fama de ter ter uma sonoridade "intima".

6. Prelúdio da gota de água – Op. 28, N.º 15

Tranquilidade e turbulência

O Prelúdio, Op. 28, N.º 15, oficiosamente conhecido como “Prelúdio da gota de água,” foi parcialmente composto durante a estadia de Chopin num Mosteiro em Maiorca, em 1838. A justaposição de tranquilidade e turbulência é muito evidente, o que certamente explicará a razão da peça ainda ser uma das obras mais populares de Chopin.

A repetição do Lá bemol, tão semelhante à gota de chuva que mencionámos anteriormente, mostra bem a capacidade de Chopin evocar o mundo imaginário através do som. É a parte mais fácil numa peça que normalmente seria reservada a pianistas experientes, que pode ser ouvida na versão pro do flowkey.

7. Scherzo N.º 1 em Si menor, Op. 20 ("Molto più lento")

Um furacão de energia

Scherzo N.º 1 é um furacão de energia que mostra a inclinação de Chopin para criar peças que desafiam os seus interpretes. É conhecida como uma das composições mais difíceis de Chopin, por isso, a paciência será essencial.

No flowkey a peça foi um pouco facilitada. A composição original de Chopin tem a duração de 10 minutos, mas o nosso arranjo mais curto dura apenas três, tendo início no meio delicado da peça original. Apesar da sua curta duração, a essência elegante e estilo original de Chopin mantêm-se.

8. Nocturne N.º 1 em Mi menor, Op. 72

Acordes delicados

A Nocturne No. 1 em Mi menor foi a primeira nocturne composta por Chopin, apesar de não ter sido publicada até ao ano de 1855 — quase 30 anos mais tarde. Apesar de ser menos célebre do que outras obras de Chopin, o mesmo charme distinto continua presente, algo que a versão pro do flowkey captura na perfeição.

A sua expressão subtil e os acordes da mão esquerda demonstram um toque de melancolia e uma riqueza emocional que se vai revelando. Tal como muitas das peças do nível pro desta lista, paciência, regularidade e muita persistência serão necessárias para a aprender. Sabemos que consegue.

9. Nocturne n.º 20 em Dó Sustenido Menor, Op. póstumo

O som do anseio

A Nocturne em Dó Sustenido Menor é inquietante, mas muito bela. As expressivas melodias e ricas harmonias capturam a sensação de anseio, com os arpejos da mão esquerda a evocar a profundidade emocional tão característica da música de Chopin.

O arranjo avançado do flowkey captura perfeitamente essa emoção. Os arpejos da mão esquerda, que devem ser tocados com precisão, são ouro sobre azul, atraindo os pianistas para as profundezas do mundo intimo de Chopin.

10. Nocturne N.º 1 em Si♭m, Op. 9

Considerada uma das Nocturne com maior essência

Como conclusão bem apropriada à nossa jornada pelas peças de piano de Chopin, temos a intemporal Nocturne em Si bemol menor, considerada uma das peças com maior essência das 21 nocturnes. As suas melodias expressivas, acompanhadas por complexos arpejos, requerem o toque delicado de qualquer pianista.  Dito isso, ter a confiança para tocar acordes com a mão esquerda e a consciência dos contrastes das dinâmicas mante-lo-á interessado(a) enquanto aprende esta peça.

A versão pro do flowkey captura Chopin no seu melhor, com muita paciência necessária para tirar o maior partido desta extraordinária nocturne.

Toque a música que adora com o flowkey

Aprender a tocar as suas peças favoritas de Claude Debussy o(a) ajudará a atingir suas metas — e tornará sua jornada de aprendizado de piano muito mais agradável. Afinal de contas, quando se toca uma música de que se gosta, é mais fácil manter-se motivado(a).

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